Comentava-se na época o pouco interesse que o Miss Brasil 1954 despertou; apenas seis candidatas se apresentaram para a final – realizada praticamente a portas fechadas no Hotel Quitandinha em 26/06/1954. Além da belíssima baiana, lá estiveram: Baby Lomani (São Paulo); Dorama Cury Nasser (Goiás); Ligia Beatriz Carotenuto(R.G. do Sul); Zaida Saldanha (Estado do Rio); e, Patrícia Lacerda (Miss Distrito Federal).
O concurso, patrocinado pela empresa Universal-Internacionmal e, com a colaboração de dois importantes matutinos do Rio e São Paulo, previa em seus estatutos que as candidatas deveriam (a) contar com mais de 18 anos, (b) ter menos de vinte e oito anos, (c) ter no mínimo um metro e sessenta de altura, (d) ser brasileira nata, (e) possuir no mínimo curso secundário, (f) ter o estado civil de solteira e conduta moral ilibada.
Ana Maria Lacerda – pseudônimo Patrícia ou Pat na intimidade -, tinha todos estes atributos: carioca nata, 18 anos, um metro e setenta e três de altura, sessenta e dois quilos, olhos castanhos, cabelos castanhos-vermelhos, artista do cinema nacional - apareceu no filme Com o Diabo no Corpo aos 15 anos, fazendo a sedutora. Além disso, neta do escritor Coelho Neto, já havia sido escolhida uma das “Elegantes Bangu”.
E como sempre a fantasia imita a realidade, Patrícia literalmente ficou “com o diabo no corpo”, uma vez proferida a sentença do júri que entre outros incluía o poeta Manoel Bandeira, o pintor Santa Rosa e os escritores Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos. Alardeando a marmelada, Patrícia justificou a má vontade do júri – denominado de boçalíssimo - por ser neta do poeta Coelho Neto (o júri era modernista)! Não se limitou a dizer que o vestido apresentado por Martha Rocha era horroroso e parecia traje de anjinho de procissão. Um pouco antes do famoso tiroteio da Rua Toneleiros que abalou o governo Vargas, Patrícia Lacerda – injustamente - mandou bala na baiana: “não tem classe, não sabe usar um vestido, não sabe falar, não sabe andar, não sabia nem onde fica Long Beach, tem pernas finas e tortas, tem muito ventre e é deselegante”.
E, o quiprocó instalado por La Lacerda, ganhou os jornais e as revistas. No Brasil, onde se adorava dividir as opiniões – Emilinha e Marlene que o digam – logo, toda aquela gente que nem ligara para o concurso colocou-se num dos dois grandes blocos; pró-Marta Rocha, a vencedora; pró-Patrícia Lacerda, a vencida ofendida.
Coisa que durou pouco, pois outro modernista, o poeta Menotti Del Picchia, pôs os pingos nos “Is” logo após conhecer Martha Rocha. Escreveu uma saborosa crônica num dos jornais de São Paulo cantando sua beleza e acaba dizendo que se o Brasil perdeu a Copa do Mundo com onze homens, está certo de que não perderá em Long Beach, pois Marta vale por um time inteiro. Quase acertou e por muito pouco o mundo não soube o que a baiana tem.
E quem pensa que o sucesso de Marta calou a vilã Patrícia, está muito enganado. Em 1956, perguntada sobre o que achou da escolha de Maria José Cardoso, fuzilou de novo: “tem rosto de Maria e pernas de José”. Ela era mesmo de faca na bota!
Obrigado Patrícia por fazer o ano de 1954 - tão triste no mês de agosto – muito mais engraçado em junho.
O concurso, patrocinado pela empresa Universal-Internacionmal e, com a colaboração de dois importantes matutinos do Rio e São Paulo, previa em seus estatutos que as candidatas deveriam (a) contar com mais de 18 anos, (b) ter menos de vinte e oito anos, (c) ter no mínimo um metro e sessenta de altura, (d) ser brasileira nata, (e) possuir no mínimo curso secundário, (f) ter o estado civil de solteira e conduta moral ilibada.
Ana Maria Lacerda – pseudônimo Patrícia ou Pat na intimidade -, tinha todos estes atributos: carioca nata, 18 anos, um metro e setenta e três de altura, sessenta e dois quilos, olhos castanhos, cabelos castanhos-vermelhos, artista do cinema nacional - apareceu no filme Com o Diabo no Corpo aos 15 anos, fazendo a sedutora. Além disso, neta do escritor Coelho Neto, já havia sido escolhida uma das “Elegantes Bangu”.
E como sempre a fantasia imita a realidade, Patrícia literalmente ficou “com o diabo no corpo”, uma vez proferida a sentença do júri que entre outros incluía o poeta Manoel Bandeira, o pintor Santa Rosa e os escritores Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos. Alardeando a marmelada, Patrícia justificou a má vontade do júri – denominado de boçalíssimo - por ser neta do poeta Coelho Neto (o júri era modernista)! Não se limitou a dizer que o vestido apresentado por Martha Rocha era horroroso e parecia traje de anjinho de procissão. Um pouco antes do famoso tiroteio da Rua Toneleiros que abalou o governo Vargas, Patrícia Lacerda – injustamente - mandou bala na baiana: “não tem classe, não sabe usar um vestido, não sabe falar, não sabe andar, não sabia nem onde fica Long Beach, tem pernas finas e tortas, tem muito ventre e é deselegante”.
E, o quiprocó instalado por La Lacerda, ganhou os jornais e as revistas. No Brasil, onde se adorava dividir as opiniões – Emilinha e Marlene que o digam – logo, toda aquela gente que nem ligara para o concurso colocou-se num dos dois grandes blocos; pró-Marta Rocha, a vencedora; pró-Patrícia Lacerda, a vencida ofendida.
Coisa que durou pouco, pois outro modernista, o poeta Menotti Del Picchia, pôs os pingos nos “Is” logo após conhecer Martha Rocha. Escreveu uma saborosa crônica num dos jornais de São Paulo cantando sua beleza e acaba dizendo que se o Brasil perdeu a Copa do Mundo com onze homens, está certo de que não perderá em Long Beach, pois Marta vale por um time inteiro. Quase acertou e por muito pouco o mundo não soube o que a baiana tem.
E quem pensa que o sucesso de Marta calou a vilã Patrícia, está muito enganado. Em 1956, perguntada sobre o que achou da escolha de Maria José Cardoso, fuzilou de novo: “tem rosto de Maria e pernas de José”. Ela era mesmo de faca na bota!
Obrigado Patrícia por fazer o ano de 1954 - tão triste no mês de agosto – muito mais engraçado em junho.
10 comentários:
Que loucura! Faca na bota! Essa é ótima. Há quanto tempo não ouço essa expressão! De fato havia lindas candidatas. Se Patrícia é esta das fotos...que vestido magnífico, digno de uma estrela de cinema! que beleza de mulher! Não precisava ser tão ferina, mas felina é. Abraços, JA
Sempre é bom termos esses comentários para que possamos ver o quanto o preconceito no Brasil e queixas naturais existem. Patrícia é bela, podemos ver nas fotos bastante caprichadas dela. Esteve bem no desfile. Mas Martha Rocha não tem comparação e é legitimado isso após mais de 50 anos! Além de ser a primeira entre as segundas colocadas e tida como a mulher mais bela até hoje. Quanto a não saber vestir-se ou não desfilar bem é só ver o vídeo de Martha no You tube, seu vestido no MU. Não é só beleza que põe mesa, mas também educação, graça e elegância coisas que não faltaram a baiana. Sobre as pernas, a própria vencedora do MU/54 não precisa comentários. Quanto ao júri, francamente era do melhor gabarito, gente que entende e sabe de mulher e de letras. O preconceito vem de quem não sabe valorizar o que tem e as difrenças do país que possui. Tanto Martha Rocha, quanto Maria Olívia Rebouças, Emília e Martha Vasconcelos não desfrutam do mesmo cuidado com os comentários que as demis, inclusive na seleção de fotos que as vemos. Os perdedores, mesmo em 1950, nem sempre souberam perder. O que sabemos é o que constam em nossos registros no MU, 3 participantes do Estado da Bahia que venceram o MISS BRASIL, uma Miss Universo, uma vice e outra quinta colocada. A última delas, natural da Bahia, concorreu pelo Ceará e ganhou com seu traje típico. No nordeste ainda temos a fama de Emília, semi-finalista. Se considerarmos a média de outros estados veremos como é rico o nosso país que outros aprenderam a admirar, nós que não o valorizamos como merecemos. Qto a Patrícia nas fotos, um luxo só. Já a norte-americana, comedida e sem exageros de beleza.
Marcio Landin, que beleza de comentário! sinceramente, gostei muito da MIss DF em outras fotos, até. Ano passado gostei de Miss CE e acho que poderia ter ganho. Desfilou com uma alegria e classe sós. Levantou a platéia. Acho que foi a que mais brilhou.O que aconteceu no MI foi total abandono por parte da organização do MB e,mesmo do MI. É como estar num país estrangeiro sem conhecer nenhum idioma. Já pensou? Acho que o MI é pouco valorizado pela Organização do MB. Pois as diferenças são muitas em como as candidatas se portam. Minha preferida para o concurso MB 08, depois dos vídeos, foi Miss ES. Abraços, JA
Essa tal de Patrícia Lacerda era mesmo uma putinha escrota invejosa, recalcada, metida e arrogante que sempre teve o maior despeito e ciúme da Martha Rocha. Ainda bem que essa vagabunda ordinária e vulgar morreu há muito tempo atrás de modo que ninguém mais se lembra dela enquanto que a nossa querida Martha Rocha será para sempre e merecidamente lembrada e reverenciada como a eterna Miss Brasil.
Cadela nojenta estúpida e ordinária era essa vadia antipática sórdida e miserável da finada Patrícia Lacerda. Ela não servia nem pra ser uma prostituta de beira de esquina, quanto mais pra ser uma miss e também uma atriz de cinema já que era feia, vulgar, promíscua e desbocada demais para ter realmente se tornado tudo isso.
Garota maldita desprezível e invejosa era essa velha bruxa, víbora, megera e cortesâ de luxo asquerosa, narcisista, arrogante, insolente, infame, capciosa, abominável e delambida da velha, finada, presunçosa e odiosa piranha e lambisgóia mal comida, recaldada, maledicente e venenosa Patrícia lacerda. Tão odiosa, suja, esnobe, egoísta, interesseira, oportunista, falsa, mentirosa, hipócrita, fingida, dissimulada, insuportável, execrável, desavergonhada, grosseira, gananciosa, inescrupulosa e repulsiva quantos as igualmente baixas, hediondas, devassas, desprezíveis, amaldiçoadas, infames, imorais, promíscuas e extremamente vulgares e depravadas rameiras, lambisgóias, Meretrizes de luxo e ex-estrelas pornôs Xuxa e Sônia Braga reunidas de uma só vez. Até mesmo uma típica e infame prostituta de luxo americana de Hollywood como a famigerada e canastrona Megan Fox tem muito mais classe, brio, moral e compostura do que uma reles e insignificante vira-lata e borra-botas brasileira como a própria e já fudida (em todos os sentidos da palavra )Senhora Lacerda.
Descanse em paz, Patrícia Lacerda, mas no inferno que é o seu verdadeiro e único lugar em todo o universo se é que o Diabo vai mesmo querer uma megera e uma vadia boçal e cretina absolutamente nojenta, sebosa, metida e insuportável que nem você por lá, o que aliás no seu próprio caso em especial eu sinceramente acho muito pouco provável de que possa realmente acontecer.
Sei que estou sendo muito cruel, duro e impiedoso ao me referir desse jeito à própria Patrícia Lacerda, mas a grande verdade é que nenhuma mulher no Brasil e no mundo inteiro poderia ser tão cruel, desumana e detestável quanto a própria, falecida e famigerada Senhora Lacerda.
Raramente eu desprezo ou ignoro uma miss seja ela quem for, mas a finada e invejosa Patrícia Lacerda e a antipática e vulgar lambisgóia loura e americana de Hollywood Kim Basinger são simplesmente intragáveis. Não suporto nenhuma dessas duas. Não mesmo.
Marta rocha a mulher mais linda do mundo
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