Em homenagem aos visitantes que escolheram os anos 70 como favoritos para temas de post, uma foto do embarque das candidatas sul-americanas em Lima rumo ao Miss Universo. Todas em modelitos muito anos 70, da esquerda para direita: Jeannette Donzella, da Venezuela, uma belíssima morena de olhos verdes muito cotada para as finais que não emplacou; Magnólia Martinez, do Peru, que além de Miss Congeniality foi mais tarde, a primeira Miss Intercontinental; Eliane Parreira Guimarães, Miss Brasil, outra favorita que finalizou em quinto lugar e única sul-americana classificada; e, Alba Techeira, Miss Uruguai, numa super produção 70’s com dirteito a chapaleira e hot-pants. Nos anos 70 os concursos de beleza mudaram pouco, procuravam manter a todo o custo a imagem dos anos 60. Mas as misses se revoltaram, seja no estilo, na beleza, nos escândalos ou na rebeldia. Afinal os 70 foi a década de uma movimentada cena alternativa, a década da radicalização de experiências comportamentais e sexuais, a década da contracultura, do underground, dos jornais, revistas, livros e discos independentes. Foi mais uma década de continuações do que de explosões. Uma década de revisões e ampliações, mas não propriamente de invenções. A "Década do Eu", como já foi rotulada. Do desejo de mudar o mundo passou-se à urgência de um encontro consigo mesmo. Para muitos, a década do "vazio cultural"; para outros, anos alucinados e - por que não? - divertidos.
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