Ainda nos anos 70, iniciava-se a lenta, mas progressiva, decadência do concurso Miss Brasil. A mudança para Brasília e a formula já esgotada de realizar o concurso num ginásio de esportes teve sua morte anunciada em 1980. No ano seguinte o Miss Brasil passaria para o controle de Silvio Santos, um pouco antes do lançamento do Sistema Brasileiro de Televisão(SBT).
Ainda na segunda metade dos anos 70, as revistas que seguiam publicando matérias sobre o Miss Brasil, principalmente do grupo Bloch (Manchete e Fatos&Fotos) começaram a deixar de lado a primazia masculina na cobertura do certame e passaram a chamar as jornalistas para escreverem as matérias. Mulheres estas inteligentes, politizadas e engajadas na luta pela liberdade de expressão e da mulher no Brasil. A feminista Heloneida Studart foi uma delas e escreveu sobre o Miss Brasil 1976. Colocamos abaixo o interessante texto de Ângela de Rego Monteiro da cobertura do Miss Brasil 1980 pela F&F. A jornalista professora do Departamento de Comunicação Social da PUC, e editora de moda da Bloch durante oito anos, faz um sobrevôo desde Marta Rocha, passando pela efervescência dos anos 60 e 70, mostrando como o ícone popular que eram as misses e o grande evento do calendário nacional já não acompanhavam os tempos que exigiam vencer aquilo que era taxado de reacionário.
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