domingo, novembro 09, 2008

FINAL DE MARATONA

Foi um final de semana de dupla expectativa com as finais de dois importantes concursos do gran slam: o Miss International e o Miss Earth – ambos sediados e realizados no Extremo Oriente.
Boas produções em ambos, mas fica claro que mesmo em se tratando de concursos de escopo internacional, a produção e as escolhas têm muito a ver com o gosto e paradigmas dos países organizadores.

No Miss International prevaleceu a beleza ibérica da aragonesa Alejandra Andreu - representante de Zaragoza no concurso Miss España. Não foi surpresa, mesma com o favoritismo da colombiana que leva mais um vice esse ano. Fica claro, mais uma vez, que o MI prioriza as latinas e européias. Belezas africanas e caribenhas simplesmente rejeitadas por fugirem, sobretudo, da percepção oriental a estes tipos de beleza. A posição da chinesa no terceiro lugar é uma típica colocação do país quando sedia um evento internacional do gênero. O Japão manteve sua tradição de semifinalista e a Coréia, quase assídua neste grupo, foi desbancada.
No Miss Earth, venceu a beleza da representante local, Karla Paula Ginteroy Henry – convertendo-se na primeira Miss Earth asiática. Depois de cinco anos seguidos premiando as Américas, o título deveria se deslocar. Nada mais justo que a prata da casa levasse a coroa, seguindo a tradição dos demais concursos do gran slam baseados na Ásia que até hoje só premiaram filipinas como vencedoras da região. O grupo de classificadas - mais heterogêneo e cosmopolita que no Miss International -, premiou belezas de peso como Tanzânia, México e Brasil.
A Europa, tão esquecida no Miss Universo, teve destaque sobretudo com Polônia e Rep. Tcheca, mostrando a força do leste europeu.
Mas, de modo geral, as duas vencedoras são bonitas, mas nada impactantes. Belezas suaves, juvenis – sem muito sex-appeal. Não mudam muito os estilos de rostos eleitos neste ano em relação ao ano passado em ambos os concursos. Alejandra Andreu segue um estilo muito próximo de Priscila Perales Elizondo e Karla Henry é praticamente uma releitura de Jessica Trisko. O Oriente, tão inovador em tecnologia e tão rico em tradições, parece ainda pouco criativo em beleza globalizada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei do seu comentário. Cada concurso tem seu tipo.Ano passado foi um terror! o MU premiou uma das favoritas(ou a favorita).Abraços, Japão.PS:Miss Terra tem um júri infantil que pesa na escolha das finalistas.