Aonde o Miss World vai parar, depois do cancelamento do evento na Ucrânia, é ainda um mistério. Julia Morley sempre nos reserva emoções fortes quando o assunto é país sede.Sob tais circunstâncias é impossível não relembrar o Miss World 2002 que teve de sair às pressas da Nigéria para Londres em virtude dos violentos protesto na cidade muçulmana de Kaduna causados pela publicação de um artigo num jornal de Lagos onde o concurso era relacionado com Mahomé, resultando em mais de 200 mortos.
Mas, o primeiro capítulo dessa saga nigeriana nos remete a Amina Lawal, uma divorciada, condena á morte por apedrejamento pelas rigorosas leis do Sharia no norte da Nigéria. Muitas candidatas boicotaram o concurso em protesto, aderindo a mobilização mundial pelos direitos humanos em prol de Amina. No ano seguinte, a pena foi revogada e Amina Lawal, hoje esquecida, retomou a liberdade. Nem um troféu beauty with purpose honorário mandaram para ela!
Depois de 2002, o cancelamento de Kiev sem dúvida será tirado de letra por Julia Morley. Não há Aminas, fundamentalistas e o concurso nada tem a ver com os conflitos entre Rússia e Geórgia.
Há quem aposte na ida para Londres, mas os favoritos na disputa são Sanya (China) que já sediou quatro edições e Nha Trang (Vietnã), que ainda em ritmo de Miss Universo, havia escalado o Miss Mundo para 2010.
A questão agora parece ser: para que margem do Golfo de Tonquim Mrs. Morley penderá?
Nenhum comentário:
Postar um comentário